Você já ouvir falar sobre exterogestação?
- Jornal A Sístole
- 14 de nov. de 2022
- 2 min de leitura

Por Luisa Erthal e Luiza Rangel
A exterogestação é, em sua essência, a percepção da gestação para além do útero. Mas o que isso, de fato, significa? Essa teoria defende que, nos primeiros 100 dias de vida, o recém-nascido continua a se desenvolver como se ainda estivesse dentro do útero materno.
A ideia foi proposta pelo pediatra norte-americano Harvey Karp, baseada no pressuposto de que o ser humano nasce antes que o seu sistema nervoso central esteja completamente pronto, tanto a nível de amadurecimento, quanto a de tamanho. Caso contrário, o crescimento completo do cérebro na vida fetal impediria que a criança passasse pela pelve da mãe durante o parto.
Sob tal perspectiva, o chamado “quarto período” consiste em uma fase na qual a criança é dependente de maiores cuidados até que o seu desenvolvimento se complete ao final dos 100 primeiros dias de vida. A ideia é que esses cuidados simulem um pouco do ambiente intrauterino, a fim de gerar acolhimento e conforto para essa nova vida. Isso pode ser feito, dentre outras formas, por meio de algumas ações simples, como:
● Uso do sling ou embrulhar a criança na forma de "casulo" ou "charutinho": dentro do útero o feto fica quentinho e seguro, em um espaço pequeno. Essas técnicas ajudam a simular esse ambiente.
● Posicionar o bebê de modo que a cabeça fique apoiada em uma das mãos e o resto do corpo apoiado no braço, junto ao corpo do cuidador: é uma forma de simular a posição fetal.
● Uso do ruído branco: dentro do útero o feto ouve o som do coração, da pulsação dos vasos e do fluxo uterino. O ruído branco é um som que emite frequências na mesma potência, ou seja, sem variações de intensidade, o que cria uma espécie de barreira sonora capaz de abafar sons vindos de fora.
● Balançar o bebê: é uma forma de simular o movimento que ele sentia dentro do útero. Vale balançar no carrinho, dançar, fazer o movimento de subida e descida...
● Amamentar em livre demanda: significa dar o peito sempre que o bebê quiser ou sentir necessidade.
E aí, você já conhecia alguma técnica de exterogestação? Conte-nos nos comentários e compartilhe o tema com as mamães e papais de recém-nascidos que você conhece!
Referências bibliográficas:
● GUEVARA, A. Gestação para além do útero. Revista Viva Saúde. Disponível em:<https://www.spsp.org.br/PDF/Materia-exterogestacao.pdf>.
● SBP. Sono do bebê: especialista dá todas as dicas, 2016. Disponível em: <https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/sono-do-bebe-especialista-da-todas-as-dicas/>.
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