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Virginia Apgar: muito além da escala

  • Foto do escritor: Jornal A Sístole
    Jornal A Sístole
  • 29 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura

por Orlando Dias Canichio

 

Nascida em 1909, no interior do estado de Nova Jersey, nos Estados Unidos, a médica Virginia Apgar foi - e ainda é considerada - uma das pioneiras na área da anestesiologia, tendo recebido o certificado quase 10 anos antes do reconhecimento da área como especialidade médica. No período em que se tornou a primeira mulher professora titular da Universidade de Medicina de Columbia, ela começou a estudar os efeitos da anestesia dada no parto, além das consequências dela tanto para a mãe quanto para o recém-nascido.


Em meados de 1952, ela veio a desenvolver um método o qual, até hoje, é utilizado pelos neonatologistas: a Escala de Apgar. Esse escore baseia-se em um somatório de cinco parâmetros de avaliação do recém-nascido, frequência cardíaca, respiração, tônus muscular, cor e resposta reflexiva nos primeiros minutos de vida. Cada indicador varia de 0 a 2 e, no final, obtém-se um valor entre 0 e 10, sendo que valores entre 8 e 10 representam ótimas condições do nascimento e um bebê saudável, 7 representa uma leve dificuldade, de 6 a 4 dificuldades de grau moderado e, de 3 a 0, dificuldade grave. Com isso, ela foi uma das primeiras a dar atenção aos problemas dos prematuros, um grande fator de risco para a mortalidade infantil.

 


 

​E ela não parou por aí. Em 1959, obteve o título de mestra em saúde pública pela Johns Hopkins School of Hygiene and Public Health e até 1974, ano de seu óbito, ela trabalhou em uma organização sem fins lucrativos, a Fundação March of Dimes, a qual tinha por objetivo melhorar a saúde das mulheres antes e depois do parto, além dos recém-nascidos, evitando a prematuridade (mais comum em pessoas com baixo nível socioeconômico e naquelas que não realizaram o pré-natal corretamente).


​Virginia passou por um momento histórico muito importante: a epidemia de rubéola na Europa e nos Estados Unidos, que levou ao nascimento de mais de 12,5 milhões de jovens com alguma alteração psicomotora congênita. Nesse período, ela foi uma das grandes incentivadoras da vacinação universal, a melhor forma de prevenir a infecção. Fora isso, ela motivou, ainda, o uso da classificação do Rh sanguíneo no exame pré-natal para identificar incompatibilidades entre o sangue da mãe com o do feto, o que pode resultar em anemia fetal e, até mesmo, aborto.


​Além da escala de Apgar, a médica deixou um importante legado, tendo escrito e publicado mais de 60 artigos, o livro “Is My Baby All Right?” com Joan Beck, em 1972, viajava os Estados Unidos fazendo palestras que destacavam a importância do pré-natal na detecção de doenças congênitas e já foi eleita a mulher do ano pela Ladies Home Journal em 1973 graças ao seu esforço e por acreditar que as mulheres deveriam ter mais espaço na Ciência e na área médica.

 

REFERÊNCIAS

 

 

Escala de Apgar – ObservaPed. Disponível em: <https://www.medicina.ufmg.br/observaped/escala-de-apgar/>.

 

Escore de Apgar: o que é, sinais e interpretação de resultados - Sanar Medicina. Disponível em: <https://www.sanarmed.com/escore-de-apgar>.

 

 
 
 

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