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RELATOS PESSOAIS: VIVER COM UMA DOENÇA CRÔNICA

  • Foto do escritor: Jornal A Sístole
    Jornal A Sístole
  • 18 de jan. de 2022
  • 2 min de leitura

por Julia Rocco


A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica em que há uma elevada concentração de glicose no sangue, devido a comprometimentos da ação ou secreção de um hormônio chamado insulina. Esse hormônio é responsável pela retirada desse açúcar do sangue para que ele seja utilizado pelas células em diversas funções do organismo. Existem dois tipos de DM, o tipo 1 e o tipo 2. O tipo 1 é fruto de um processo imunológico em que as células produtoras da insulina são destruídas pelo próprio corpo pela ação de anticorpos autoimunes. Dessa forma, essa doença se manifesta mais precocemente, acometendo, principalmente, crianças e adolescentes. O quadro clínico é caracterizado por sintomas como sede, fome e diurese (eliminação de urina) excessivas, além de emagrecimento importante e cansaço. A DM tipo 1 não tem cura, sendo uma doença que requer alguns cuidados diários, como aplicação de insulina e medição da glicemia. Além disso, é necessário adotar um estilo de vida com alimentação saudável e prática de exercícios regulares.

Sabendo disso, convidamos a aluna Ana Luiza F. Pontes, do 12º período de Medicina da UFRJ Macaé, para nos contar um pouco sobre a sua trajetória convivendo com DM tipo 1 e cursando Medicina.

“A minha história vivendo com Diabetes tipo 1 e cursando Medicina é um misto de momentos felizes e outros nem tão felizes assim.

Tive o diagnóstico há 11 anos, e foi necessário me adaptar a exames frequentes, agulhadas, dieta, atividade física regular e muita preocupação com a saúde. Cursar Medicina sempre foi um sonho, mas a rotina desgastante tem grande impacto na nossa saúde mental e no autocuidado.

Em muitos momentos, o exercício, que era inegociável, se tornou segundo plano. A dieta, que deveria ser seguida à risca, teve muitos grandes erros e o controle de estresse foi umamissão quase impossível. Apesar de tudo, sentir na pele o que é ser paciente e conviver com uma doença crônica desde a adolescência, me ajudou a entender o quão importante é ter um médico bem preparado para oferecer educação em saúde, cuidar com sensibilidade e promover qualidade de vida.

Tive auxílio de colegas, familiares e professores no caminho e, sem dúvida, essa rede de apoio é indispensável.

Chegando ao fim da graduação, consigo ver que, apesar das dificuldades, é possível conseguir o que se almeja de maneira equilibrada e voltar ao eixo quando as coisas não saem bem como o planejado, afinal, a vida é mesmo assim.

Reforço a ideia de que um diagnóstico ou condição não sejam usados como rótulos ou limitações. É preciso um pouco mais de disciplina e cuidado com a mente, com o corpo e com osnossos afetos, mas é possível ser muito feliz a despeito das dificuldades.”

 
 
 

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