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PRESS RELEASE: EFEITOS DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NA SAÚDE

  • Foto do escritor: Jornal A Sístole
    Jornal A Sístole
  • 26 de nov. de 2020
  • 4 min de leitura


Por Leandro dos Santos de Oliveira e Stella Alves Benjamin


As diferentes atividades e ocupações humanas, quase que invariavelmente, geram impactos sobre o meio ambiente. Desde a utilização de combustíveis fósseis e emissão de gases poluentes – que abreviam o tempo de vida e diminuem a qualidade do ar – até o uso de agrotóxicos nas atividades agrícolas, observam-se consequências que impactam negativamente a saúde dos trabalhadores e da população.


É preciso considerar três fatores principais em relação aos determinantes socioambientais que coexistem juntamente com outros determinantes sociais, resultando em diferentes graus de risco de exposição à saúde de um indivíduo:


I. O vínculo em relação ao subdesenvolvimento, como a deficiência no saneamento básico, que muitas vezes é uma fonte de contaminantes que provocam doenças infantis e perda de qualidade de vida, no geral;


II. O contato direto ou indireto da população com resíduos tóxicos e poluentes, provenientes dos serviços industriais e agrícolas, que colocam em pauta a exposição da saúde do trabalhador;


III. Os resultados do fenômeno da globalização e da crise ambiental sobre a saúde humana, tanto física quanto mental, além da própria degradação dos ecossistemas e mudança do clima.


Refletindo sobre o exposto, O Jornal “A Sístole” apresenta algumas consequências da ação antrópica na saúde humana, apontadas por órgãos de saúde mundiais e pela comunidade científica, que já ocorrem e se agravarão caso o padrão de consumo dos recursos naturais não se altere.


1. Poluição atmosférica

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar é responsável por 7 milhões de mortes por ano. É alarmante observar que 9 em cada 10 pessoas respiram ar com altos níveis de poluentes, especialmente os habitantes urbanos, trabalhadores industriais e indivíduos que moram próximos a ou trabalham em minas, dado o volume de emissões veiculares e partículas poluentes muito finas de sólidos ou líquidos suspensos no ar. O problema é agravado nos países em desenvolvimento pelas disparidades sociais, o mau controle governamental das emissões, a desinformação pública e o uso de carvão e lenha como fontes de combustíveis para necessidades domésticas.


Para pessoas suscetíveis a doenças respiratórias, a exposição a baixos níveis de poluentes atmosféricos pode contribuir para o desenvolvimento de doenças respiratórias, como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), asma e alergias, enquanto o contato a longo prazo pode gerar insuficiência respiratória, câncer de pulmão, doenças cardiovasculares, como aterosclerose e hipertensão, e até diabetes.



2. Poluição da água

Um dos maiores desafios ambientais contemporâneos, a poluição da água é causada por descarte de esgoto doméstico e industrial, acúmulo de lixo não biodegradável, lixões e aterros mal operados, utilização inadequada de agrotóxicos, despejo de matéria radioativa em corpos d’água doce e salgada, entre outras formas.


O consumo de água contaminada oferece diversos riscos à saúde: transmissão de doenças como cólera, hepatite e amebíase; intoxicação aguda por pesticidas; potencial risco carcinogênico, derivado da ingestão de metais pesados (como chumbo, arsênio e mercúrio) advindos de esgoto industrial e de sítios de mineração; e aumento da morbimortalidade de cânceres do trato gastrointestinal. Além disso, a contaminação dos mares e rios gera a intoxicação de animais e plantas, muitos dos quais são consumidos por humanos, ocasionando efeitos negativos indiretos à saúde.


Segundo a OMS, estima-se que 2 bilhões de pessoas consomem água contaminada, no mínimo, com coliformes fecais e que, em 2025, metade da população mundial sofrerá com água escassa ou de má qualidade.



3. Aquecimento global

Fenômeno originado da emissão de gases estufa, da queima de combustíveis fósseis e da destruição da camada de ozônio. O aquecimento global, agravado pelo desmatamento e pela acidificação dos oceanos (ambos os quais reduzem a capacidade dos seres vivos de absorver gás carbônico – principal gás estufa) leva a diversas alterações que afetam diferentes aspectos da vida humana, incluindo a saúde.


Além de agravar os problemas ambientais por meio da desertificação, do derretimento de geleiras (reduzindo as reservas de água doce) e da alteração climática com consequente degradação dos ecossistemas, o aumento global de temperatura acarreta uma maior frequência de desastres naturais - causadores de dano físico, mental e material -, promove a elevação do nível dos oceanos, facilita a reprodução de certos patógenos e vetores, reduz a produtividade agrícola - levando à escassez de alimentos - e aumenta a frequência e a letalidade direta de ondas de calor.


Curiosidade: em 2003, pelo menos 30 mil europeus faleceram por efeitos diretos e indiretos de uma massiva onda de calor no continente.


Como é possível perceber, várias ações antrópicas promovem impactos ambientais negativos, os quais, direta ou indiretamente, deterioram a qualidade da vida humana. O problema se torna especialmente grave uma vez que as populações mais carentes, que já sofrem com diversas mazelas sociais, são justamente as mais afetadas. Sendo assim, é mister que os líderes nacionais, empresas e a própria população se conscientizem e se esforcem em prol da preservação do meio ambiente para frear o deterioramento ecológico, pois a saúde do planeta reflete diretamente na saúde da humanidade.



REFERÊNCIAS:


 
 
 

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