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Experimentos científicos e o holocausto: histórias de terror

  • Foto do escritor: Jornal A Sístole
    Jornal A Sístole
  • 27 de jan. de 2022
  • 3 min de leitura




Por Luisa Erthal

De todos os horrores já vividos pela humanidade, um dos mais destacados foi o holocausto. O período de perseguição e extermínio de judeus, homossexuais e outras minorias consideradas “inferiores” pelos alemães nazistasse estendeu de 1935 até 1945. Mais de 6 milhões de vítimas foram assassinadas brutalmente nos campos de concentração europeus, deixando um marco na história.

Muito se fala sobre as atrocidades físicas que as vítimas sofriam nos campos de concentração e, por isso, por vezes acabamos esquecendo os horrores biológicos aos quais muitos também foram submetidos. Com o objetivo de proporcionar avanço científico à Alemanha nazista, diversos experimentos foram feitos em judeus e outros grupos minoritários, sem nenhum respeito à vida humana. Considerando que no dia 27 de janeiro é comemorado o Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto, o jornal “A Sístole” traz para você, nosso leitor, um pequeno compilado de alguns experimentos científicos que foram realizados durante o período do holocausto.

EXPERIMENTOS MILITARES

Os cientistas e médicos alemães realizaram diversas tentativas com o objetivo de facilitar a sobrevivência dos militares do Eixo, grupo composto pelos países Alemanha, Itália e Japão. As cobaias eram submetidas a câmaras de baixa pressão, visando a simular a altitude máxima da qual um ser humano poderia saltar de paraquedas. Ainda, eram expostas a banheiras com água congelada, para testar qual a temperatura mínima que um indivíduo conseguiria suportar.

Os encarcerados também eram expostos aos gases fosfogênio e mostarda, para que depois fossem testados possíveis antídotos. O gás fosfogênio é atualmente usado na fabricação de agrotóxicos e corantes, gerando efeitos como falta de ar e ardência nos olhos, caso seja inalado. Já o gás mostarda foi muito utilizado durante a Segunda Guerra Mundial como arma química, visto que gera vesículas e bolhas de alta gravidade na pele do indivíduo acometido, tendo ainda potencial carcinogênico.


EXPERIMENTOS MEDICAMENTOSOS E DE TRATAMENTO

Os cientistas do Eixo também testaram diversos medicamentos e tratamentos para doenças comuns da época nos prisioneiros dos campos de concentração. As cobaias eram inoculadas com soros para tratar enfermidades como malária, tifo, tuberculose, febre amarela e hepatite. Como os soros ainda estavam em fase experimental, muitas vezes, os prisioneiros acabavam desenvolvendo a doença em si e morrendo das suas complicações. Novos medicamentos também foram testados primeiro nos prisioneiros dos campos, como a sulfanilamida, um antibiótico conhecido atualmente, expondo-os a todos os riscos de um medicamento recém-descoberto.

OUTROS EXPERIMENTOS MÉDICOS

Os experimentos do médico Josef Mengele, em Auschwitz, ficaram bastante conhecidos, especialmente aqueles que eram empreendidos com gêmeos. O médico, apelidado de “anjo da morte”, pegava os gêmeos que chegavam no campo de concentração de Auschwitz e realizava todo tipo de intervenção neles. Ele injetava, por exemplo, tinta nos olhos das crianças na tentativa de alterar a pigmentação da íris. O médico também administrava clorofórmio no coração dos bebês para ver o que aconteceria – o sangue coagulava, gerando uma parada cardíaca – ou injetava o sangue de um irmão em outro, para ver possíveis reações transfusionais – as reações podiam variar desde dor de cabeça até febres altíssimas e até mesmo o óbito. Ele até mesmo chegou a remover órgãos de crianças sem anestesia, para ver os resultados. Outro experimento consistia na tentativa de produzir irmãos siameses costurando os bebês gêmeosum ao outro nos punhos e nas costas.

Para tentar confirmar e espalhar os ideais racistas de supremacia alemã, o médico pretendia aumentar a reprodução de arianos, considerados a “raça pura” pelos nazistas. Segundo ele, isso seria alcançado aumentando o número de gêmeos nessa população pura. Por isso, Mengele forçava irmãs gêmeas a terem relações com irmãos gêmeos nos campos de concentração e até mesmo, casais de gêmeos a fazerem sexo entre si, acreditando queeles também gerariam filhos gêmeos. Se essa teoria fosse confirmada, os arianos gêmeos poderiam reproduzir entre si, aumentando o quantitativo da “raça pura”.

O “anjo da morte” também usava outros grupos como cobaias: anões e grávidas, por exemplo. O médico cobria os seios das mães lactantes com fita adesiva, para impedir os bebês de se alimentar e conferir quanto tempo eles sobreviviam sem o leite materno.

O período conhecido como holocausto foi marcado por uma série de horrores em diversas áreas, incluindo a científica; um profundo desrespeito à vida e à dignidade humana. O que foi vivido pelas minorias da época não pode jamais ser esquecido, ficando marcado para o resto da história da humanidade.

REFERÊNCIAS

HIGA, Carlos César. Holocausto. Mundo educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/holocausto.htm. Acesso em 14 de dezembro de 2021.

As experiências médicas nazistas. Enciclopédia do Holocausto. Disponível em: https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/nazi-medical-experiments. Acesso em 14 de dezembro de 2021.

 
 
 

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