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Informação e Entretenimento: Dia Nacional do Documentário Brasileiro

  • Foto do escritor: Jornal A Sístole
    Jornal A Sístole
  • 9 de ago. de 2022
  • 3 min de leitura


Por Julia Rocco e Luisa Erthal

 

​Os documentários são ferramentas valiosas para a disseminação da informação. Além de entreter o espectador, essa modalidade audiovisual tem como principal objetivo informar o espectador sobre como determinados eventos e fatos ocorreram, comprometendo-se com a veracidade dos dados. No dia 07 de agosto, é comemorado o dia nacional do documentário brasileiro e, aproveitando a data, o jornal "A Sístole" reuniu algumas sugestões de produções nacionais que valem a pena assistir. Que tal darmos uma olhada?

 

1) Estamira

O documentário “Estamira”, disponível no Youtube, conta a história de uma mulher que vive e trabalha em um lixão na cidade do Rio de Janeiro. A protagonista fala sobre suas vivências no local, dificuldades, aprendizagens e violências que sofreu. Diagnosticada com esquizofrenia, Estamira oscila entre um discurso crítico sobre a sociedade e uma fala mais característica de sua condição psíquica. Vale a pena conferir a produção!

 

2) O renascimento do parto (3 filmes)

Disponível no Youtube e na Netflix, a trilogia “O renascimento do parto” traz à tona a realidade obstétrica brasileira na atualidade, marcada pelo excesso de cesarianas e intervenções traumáticas e, muitas vezes, desnecessárias. O filme tenta resgatar os aspectos fisiológicos e humanos do nascimento, mostrando histórias de famílias que conquistaram partos normais humanizados, de forma a reconstruir a ideia de que toda mulher é protagonista do próprio parto e capaz de trazer um ser à vida de forma natural, sem demasiadas intervenções.

 

3) Se não fosse o SUS

​Lançado pelo Conselho Nacional de Saúde em 2022, o documentário mostra a importância da atuação do Sistema Único de Saúde (SUS)  durante os anos de Pandemia por Covid-19. A partir de cenas que mostram a realidade de Unidades Básicas de Saúde, incluindo a perspectiva dos profissionais de saúde e dos usuários, além de entrevistas com especialistas e ativistas, essa obra mostra como milhares de pessoas se beneficiaram da utilização do SUS durante a crise sanitária causada pelo Coronavírus no território brasileiro. Por meio de um viés que busca enaltecer o papel do SUS no país, o documentário expõe a falta de financiamento que esse sistema sofreu ao longo dos anos, e faz uma crítica ao negacionismo político, tão presente nesse período, e suas consequências ao povo brasileiro. Por fim, é reforçada a necessidade de defesa dessa conquista tão valiosa decorrente da Constituição de 1988. Disponível no Youtube.

 

4) O silêncio dos homens

O documentário “O silêncio dos homens”, disponível no Youtube, coloca em pauta a construção social da masculinidade, um tema tão presente nos dias atuais. A ideia de que homens precisam ser fortes, viris, provedores, não demonstrar vulnerabilidades e não falar sobre seus sentimentos é discutida através de relatos de homens reais e de falas de especialistas da área de saúde mental e sociologia. A produção tenta desconstruir a masculinidade tóxica que permeia a vida dos homens desde quando eram pequenos e ensinados que “meninos não choram e não usam rosa”, deixando marcas em seus comportamentos adultos e, consequentemente, em toda a sociedade.

 

5) Emicida: AmarElo - É tudo pra ontem

Esse documentário, disponível na Netflix, mostra os bastidores do show realizado pelo cantor Emicida no Theatro Municipal de São Paulo e, a partir disso, aborda a história cultural do povo negro no Brasil. Lançado em 2019, o álbum “AmarElo”, vencedor do Grammy latino, uma importante premiação da indústria musical, inspirou a produção do documentário,com o objetivo de promover uma reflexão acerca de temas relevantes abordados pelo movimento negro:  escravidão, imigração e cultura musical, em especial  o hip hop e o rap. É uma obra essencial para entender melhor aspectos relevantes da herança afro-brasileira.

 

6) Estou me guardando para quando o carnaval chegar

Disponível na Netflix, o documentário coloca os holofotes na pequena cidade de Toritama, no Agreste pernambucano, considerada a capital nacional do jeans. A produção mostra como, a cada ano, dezenas de milhões de jeans são produzidos pelos moradores da cidade em fábricas de fundo de quintal, de forma autônoma, porém intensiva. Quando chega a época do carnaval, os moradores vendem seus eletrodomésticos e pertences e fogem para as praias, com o intuito de aproveitar as curtas férias. A confecção dos jeans é feita individualmente por cada trabalhador,e cada um deles é o seu próprio “patrão”. O baixo preço pago pela produção, contudo, deixa evidente a exploração do trabalho. Com esse dilema, o documentário acende o debate: existe trabalho escravo em Toritama? Vale a pena conferir!

 
 
 

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