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ELUCIDANDO TERMOS: VOCÊ JÁ OUVIU FALAR DO TERMO “INFODEMIA”?

  • Foto do escritor: Jornal A Sístole
    Jornal A Sístole
  • 8 de dez. de 2020
  • 3 min de leitura


Por Izabel Feitosa e Karine Teotônio


A Organização Mundial de Saúde (OMS) usou o termo em janeiro de 2020 quando, em documento, o introduziu da seguinte forma: “A comunicação de risco e engajamento comunitário (CREC) ajuda a prevenir infodemias (quantidade excessiva de informação sobre um problema que dificulta a identificação de uma solução) [...].”


Evanildo Bechara, da Academia Brasileira de Letras, explica o termo como “infografia” [radical info- (deduzido de informação) + -grafia] ou pandemia [pan- (‘todos, a totalidade’) + -demia (do grego dêmos ‘povo’ + o sufixo -ia, formador de substantivos da terminologia médica]. Assim, temos “infodemia”, para indicar neste momento a “propagação em massa de informações, muitas delas falsas, sobre a pandemia do coronavírus”.


Nesse contexto, a veiculação de informações de caráter duvidoso e de rumores têm colaborado para a desinformação da população. Especialmente no contexto da pandemia da COVID-19, o excesso de quantidade em detrimento da qualidade das informações não só sobrecarrega as pessoas, como pode gerar consequências desastrosas.


Como qualquer indivíduo pode publicar o que desejar em suas redes sociais (Instagram, Facebook, Whatsapp), não há controle de qualidade ou verificação sobre a confiabilidade do que está sendo compartilhado, o que facilita a propagação de informações falsas e imprecisas, inclusive sobre formas de prevenção da doença, tratamento e origem do vírus, levando as pessoas a tomarem decisões infundadas que podem colocar sua saúde em risco.


A fim de enfrentar a infodemia, a OMS tem atuado por meio de uma ação coordenada e multidisciplinar, como a criação de recursos globais para verificar fatos, sintetizar evidências, combater boatos através de entrevistas com especialistas, entre outros. Além disso, a OMS tem se comunicado com mecanismos de busca, redes sociais e empresas digitais (Google, Twitter, TikTok, Pinterest, entre outras) para excluir mensagens falsas e promover informações confiáveis. No mais, a atuação da comunidade científica, com a divulgação de resultados de pesquisas de forma ampla e acessível à população, também se faz essencial nesse contexto.


Fontes confiáveis sobre a COVID-19:

● Portal exclusivo da OMS sobre a COVID-19

● Portal exclusivo da OPAS/OMS sobre a COVID-19

● Orientações e últimas pesquisas sobre a COVID-19 nas Américas (OPAS/OMS)

● Vitrines do Conhecimento do BIREME/OPAS/OMS sobre a COVID-19


“Uma comunicação em saúde eficaz é um investimento, não um gasto, pois temos retorno: salva vidas, economiza dinheiro e é crucial nos resultados de saúde” - Benjamin Lozare professor da Universidade Jonhs Hopkins.

Portanto, encontrar a melhor maneira de lidar com a infodemia durante esta pandemia é uma das muitas tarefas difíceis que enfrentamos. Além de se informar corretamente, é necessário regular a quantidade de informações consumidas, bem como incentivar hábitos simples como verificar a fonte, a veracidade e o impacto de uma notícia antes de compartilhá-la. Assim, será possível minimizar a infodemia a partir do engajamento conjunto da população, dos cientistas, dos jornalistas e das organizações mundiais no combate à desinformação.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Garcia, Leila Posenato e Duarte, Elisete Infodemia: excesso de quantidade em detrimento da qualidade das informações sobre a COVID-19. Epidemiologia e Serviços de Saúde [online]. v. 29, n. 4. Acessado em 13 outubro 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1679-49742020000400019>.

Organização Pan-Americana da Saúde, 2020. Entenda a infodemia e a desinformação na luta contra a COVID-19. Acessado em 13 outubro 2020. Disponível em: <https://iris.paho.org/handle/10665.2/52054>.

Bio-Manguinhos/Fiocruz/ Notícias e Artigos. Opas - infodemia dificulta resposta às emergências de saúde. Disponível em: https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1950-opas-infodemia-dificulta-resposta-as-emergencias-de-saude. Acesso em: 13 de outubro de 2020.

Bechara, Evanildo. Infodemia. Disponível em: https://www.academia.org.br/artigos/infodemia. Acesso em: 13 de outubro de 2020.



 
 
 

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