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ELUCIDANDO TERMOS: QUAL MÉTODO CONTRACEPTIVO É ADEQUADO PARA VOCÊ?

  • Foto do escritor: Jornal A Sístole
    Jornal A Sístole
  • 8 de set. de 2020
  • 5 min de leitura


Por Karine Teotônio Campos


Com o objetivo de informar e esclarecer a todos - adultos, jovens e adolescentes - para que possam desfrutar de sua sexualidade sem medo, vergonha e culpa, independente da condição física, idade e estado civil, o jornal A Sístole traz as opções de métodos contraceptivos disponíveis no mercado. É importante ressaltar o envolvimento e a corresponsabilização de homens e mulheres, pois ambos devem estar envolvidos na escolha do método, não sendo uma responsabilidade exclusivamente feminina.

Além disso, antes de decidir qual método usar, é importante procurar orientação de um profissional da saúde para verificar os riscos e benefícios para o seu corpo, pois são individuais e variam de pessoa para pessoa. Esse processo é essencial para que se adquira informação de qualidade e haja segurança na decisão.

Os métodos disponíveis são classificados por: método químico, métodos de barreira, método intrauterino e métodos hormonais.

1. Método Químico

Espermicidas: são substâncias químicas em forma de geleia, creme, comprimido, tablete ou espumas, que devem ser colocadas na vagina 15 minutos antes da relação sexual, servindo como barreira para impedir o contato dos espermatozoides com o útero. Não são recomendados como único método contraceptivo, devendo ser associado a outro, como diafragma, capuz cervical ou outro método.

2. Métodos de Barreira

Preservativo masculino: é um contraceptivo utilizado no pênis para recolher o esperma, impedindo-o de entrar no canal vaginal. É descartável e o material pode ser de látex ou poliuretano. Além da contracepção, previne contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s).

Preservativo feminino: é um contraceptivo pré-lubrificado, inserido na vagina antes da penetração do pênis para impedir a entrada do esperma no útero. Esse método contraceptivo também reduz o risco de contrair IST’s.

*O preservativo masculino e o feminino nunca devem ser usados ao mesmo tempo, pois o atrito entre eles aumenta o risco de rompimento.

Diafragma: é um contraceptivo de silicone no formato de disco maleável introduzido no interior na vagina formando uma barreira na frente do colo uterino. Deve ser introduzido previamente ao ato sexual e em conjunto com gel e creme espermicida para melhorar sua eficácia.

Capuz Cervical: bloqueia a entrada do colo uterino, impedindo a entrada de esperma no útero.

Esponja: bloqueia a entrada do colo uterino e libera espermicida, ambos impedindo a entrada dos espermatozoides no útero e a fertilização do óvulo.

3. Métodos Intrauterinos:

Dispositivo Intrauterino (DIU): São pequenas peças de plástico no formato da letra “T” ou do número “7”, de 2,5 a 3cm, introduzidas no interior do útero. Podem ser utilizas com hormônio ou ter partes metálicas (cobre). Esse metal atua matando os espermatozoides e impedindo a fertilização. Já o DIU com hormônio libera pequenas quantidades de progesterona no interior do útero provocando alterações do endométrio (camada que reveste o útero) e do muco do colo uterino, o que dificulta a entrada dos espermatozoides e a sua sobrevivência. Deve ser colocado por um profissional da saúde.

4. Métodos Hormonais:

Contraceptivo Hormonal – Oral: Os contraceptivos orais (ou pílulas anticoncepcionais) são de ingestão diária, podem ser combinados com os hormônios estrogênio e progesterona, ou apenas progesterona. Sua principal ação é por interferência na ovulação, mas também modificam o endométrio e o muco do colo uterino no sentido de dificultar a entrada e a sobrevivência dos espermatozoides.

Contraceptivo Hormonal – Injetável: é semelhante à pílula, isto é, associado aos hormônios estrogênio e progesterona ou apenas progesterona. A diferença é que há um maior efeito sobre o endométrio e o muco do colo uterino. A aplicação é feita mensal ou trimestralmente.

Contraceptivo Hormonal - Implante: consiste em um pequeno tubo de 3cm que contém o hormônio progesterona. É inserido intradermicamente por um profissional da saúde, podendo atuar por até três anos liberando o hormônio.

Contraceptivo Hormonal – Adesivo Cutâneo: adesivo, com cerca de 2 cm, que é colocado firmemente a pele, normalmente em regiões de pouco atrito, como lombar, nádegas e ombros, sendo necessária a troca semanal. Funciona liberando hormônios (estrogênio e progesterona) que são absorvidos e liberados na circulação sanguínea.

Anel Vaginal: consiste em um pequeno anel de plástico flexível inserido na vagina para atuar como contraceptivo. Ele funciona como a pílula, mas só precisa ser inserido uma vez por mês.

Contraceptivo Hormonal de Emergência: Age impedindo ou retardando a ovulação e diminuindo a capacidade dos espermatozoides de fecundarem o óvulo. A pílula anticoncepcional de emergência não deve ser usada como método anticoncepcional de rotina, ou seja, substituindo outro método anticoncepcional. Deve ser usada apenas em casos emergenciais, pois a dose de hormônio é alta.

5. Contraceptivos permanentes

Laqueadura e vasectomia

A laqueadura e a vasectomia são cirurgias esterilizantes, ou seja, impedem a pessoa de ter filhos permanentemente. Para realizar qualquer um dos procedimentos, o homem ou mulher deve ter mais de 25 anos ou já ter dois filhos. Além disso, para indivíduos casados, a parceira ou parceiro precisa autorizar a realização. É um procedimento burocrático por ser uma opção mais radical.



No SUS, os preservativos de barreira masculinos e femininos possuem distribuição gratuita nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Para acesso aos contraceptivos hormonais, orais e injetáveis, é necessário apresentar um documento de identificação e prescrição médica. Tais procedimentos também são adotados para a inserção do DIU de cobre, do diafragma e para cirurgia de laqueadura ou vasectomia, necessitando de agendamento prévio com médico especialista.

Ressalta-se que as relações sexuais sem uso de preservativos trazem o risco de infecção pelo HIV/AIDS e por outras infecções sexualmente transmissíveis, portanto, mesmo na vigência de contracepção mais efetiva, o preservativo deve ser mantido. Dessa forma, mantém-se a proteção conferida contra infecções sexualmente transmissíveis, além de uma proteção adicional mediante eventuais falhas do método contraceptivo em uso.

Independentemente do método que você escolher, é importante conhecer o próprio corpo, tomar uma decisão baseada em informações seguras e seguir as orientações do profissional de saúde.

Referências Bibliográficas

Lubianca JN. Opções de Anticoncepção na Adolescência. In: Carvalho FD, Wannmacher L, organizadores. Uso racional de medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da Assistência Farmacêutica Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil; 2016. 1(17)

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.

Podgaec, Sergio. Hospital Israelita Albert Einstein. Métodos contraceptivos: Você conhece todas as suas opções? 2017. Disponível em <https://www.einstein.br/noticias/noticia/metodos-contraceptivos>. Acesso 19 de agosto de 2020.

Eller, Luisa. Conheça 8 contraceptivos oferecidos pelo SUS que você tem direito. DCI Digital, 2020. Disponível em: <https://www.dci.com.br/saude/contraceptivos-gratuitos-oferecidos-pelo-sus/6938/> Acesso em: 18 de agosto de 2020.

Métodos contraceptivos - vantagens e desvantagens. Pfizer, 2019. Disponível em: <https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/metodos-contraceptivos-vantagens-e-desvantagens>. Acesso em: 18 de agosto de 2020.

Contracepção em poucas palavras. Bayer Pharma AG, c2016. Seção: Seu Corpo. Disponível em: <https://www.vivasuavida.com.br/pt/seu-corpo/contracepcao/>. Acesso em: 20 de agosto de 2020.

 
 
 

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