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DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA: INFORMAR PARA SABER AJUDAR

  • Foto do escritor: Jornal A Sístole
    Jornal A Sístole
  • 6 de jan. de 2022
  • 3 min de leitura


Autora: Thalita Sodré e convidada - Camilla Ribeiro, autora do sinapsando.

Diferente da Doação de Sangue, a doação de Medula Óssea não é tão bem conhecida e difundida pela população. A fim de mudar esse cenário, vamos falar não apenas de algumas questões técnicas, mas também de um pequeno relato e, ainda, trazer informações cruciais de quem já é um doador cadastrado.

Antes de tudo… O que é medula óssea?

Medula óssea é onde se localizam nossas células-tronco hematopoéticas que, basicamente, são responsáveis pela formação de todo nosso "sangue" (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). E essas são justamente as células que são substituídas em um transplante de medula. A medula óssea, como sugere o nome, fica literalmente dentro de alguns dos nossos ossos.

Por que transplantar?

O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento para doenças, como leucemias e linfomas, que afetam as células sanguíneas. Ou seja, substituímos uma medula óssea doente por células normais e saudáveis, com o objetivo de reconstituir toda produção sanguínea do indivíduo receptor.

Como é feito o transplante?

A coleta pode ser feita mediante uma pequena cirurgia, sob anestesia geral, com aproximadamente 90 minutos de duração. Geralmente, são realizadas algumas punções com agulhas nos ossos do quadril para aspirar parte da medula, o volume retirado depende do peso do doador.

Essa retirada, no entanto, não causa qualquer alteração ou comprometimento à saúde do doador.

Outro tipo de coleta é a “aférese”. Nesse caso, o doador fará uso de uma medicação por cinco dias, tendo como objetivo aumentar o número das células-tronco que falamos anteriormente. Após isso, a pessoa faz a doação por meio de uma máquina que colhe o sangue da veia do doador. A decisão se a doação será por aférese ou por punção óssea é exclusiva dos médicos.

Outra forma de doação são por células obtidas do sangue do cordão umbilical, estrutura que liga o bebê à placenta. Após o nascimento, o cordão é “Pinçado” e então, é coletada uma quantidade de sangue que permanece no cordão. Rapidamente, essas células são coletadas e preparadas para o congelamento.

E quem pode doar? (Fonte: REDOME, Inca.)

Para se tornar um doador de medula óssea é necessário:

– Ter entre 18 e 35 anos de idade.

– Estar em bom estado geral de saúde.

– Não ter doença infecciosa ou incapacitante.

– Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.

– Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.


Passadas essas questões mais “técnicas”... que tal falar um pouco com quem é doador?!

Conversamos com a Camilla Costa Ribeiro, médica formada pela Universidade Federal de Juiz de Fora, autora do Instagram “sinapsando” e doadora cadastrada pelo Hemominas para Doação de Medula Óssea.

Camilla já era doadora de sangue desde os 18 anos, algo que já é bem divulgado e conhecido. Na faculdade, ela passou por um trote solidário que pontuava para cada atividade e arrecadação e, uma dessas atividades, era a doação de medula óssea, momento em que ela se informou e decidiu ser doadora. Depois disso, passando por ambulatórios de Oncologia e Hematologia (Especialidades que estudam “doenças do sangue” e os muitos tipos de cânceres que podem ocorrer), Camilla compreendeu de perto ainda mais a importância de doar a Medula Óssea e de como isso pode mudar completamente a vida de um paciente.

A candidatura se dá pelo cadastro no Hemocentro mais próximo que, no caso de Camilla, foi o Hemominas. Nesse processo, os profissionais locais explicam todo o processo por completo, além de alguns documentos de consentimento para assinatura, se o indivíduo aceitar continuar com o processo de cadastro. Prosseguindo com as etapas, há uma coleta de amostra de sangue para sequenciar o “material genético” das células do doador. Nesse momento, o indivíduo é cadastrado e fica num “banco de espera”, no qual pode ser chamado a qualquer momento caso o Hemocentro encontre um paciente compatível.

Camilla é cadastrada há 6 anos e, até hoje, ainda não foi chamada para a doação. Apesar da “raridade” de encontrar um indivíduo compatível, essa possibilidade não é nula e, como Camilla bem levantou durante nossa conversa, é um ato gratuito! Camilla salientou, ainda, como doadora, que é muito importante manter o cadastro de doador ativo. Além disso, alguns pontos importantes que ela nos passou e não podemos esquecer de falar é que você pode doar a medula óssea mais de uma vez, já que nossa medula se regenera em torno de 15 dias, então se você for compatível com mais de uma pessoa, não tem problema! Apesar de muita gente ter medo por conta da dor relativa ao procedimento, é válido lembrar que o custo-benefício é muito alto, visto que a dor é momentânea em comparação a uma vida que pode ser salva com uma doação.

 
 
 

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