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Dia Mundial do AVC: momento para conscientizar

  • Foto do escritor: Jornal A Sístole
    Jornal A Sístole
  • 29 de out. de 2021
  • 3 min de leitura


Por: Thalita Sodré


Você já ouviu falar de “Acidente Vascular Encefálico” (AVE) ou, mais comumente chamado, “AVC”? O AVC é dividido em dois tipos, um dito isquêmico, o mais frequente, responsável por 85% dos casos e, o outro, hemorrágico. O acidente vascular cerebral (AVC) é uma afecção grave sendo, no Brasil, segundo dados do DATASUS, a principal causa de morte e de sequelas incapacitantes em adultos. As sequelas são graves e podem ser revertidas, parcialmente revertidas ou irreversíveis, a depender da terapia e do local do infarto cerebral.


Mas o que é o AVC?


Assim como numa casa, nosso corpo precisa de uma rede de “canos”, conhecidos como vasos sanguíneos, para suprir a necessidade energética e nutricional das nossas células. No entanto, em alguns contextos, esses vasos podem ser entupidos (parcialmente ou totalmente), ou podem se romper gerando um vazamento de seus conteúdos. No caso do AVE isquêmico, temos um entupimento nos vasos cerebrais, geralmente por placas gordurosas, que impede que o sangue chegue ao tecido cerebral e, sem sangue, a área específica que é irrigada por aquele vaso entupido, morre, gerando o que chamamos de infarto cerebral. Como cada região do nosso cérebro é responsável por uma função em nosso organismo, esse infarto gera sintomas de acordo com a área específica acometida.


Os sintomas mais comuns podem ser: paralisia facial, fraqueza dos braços e/ou pernas, dificuldade de falar e/ou compreender. Em casos de emergência, mesmo quem não é da área da saúde pode detectar um episódio de AVC, solicitando que o paciente sorria, para observar se há queda da boca, pedindo que o paciente tente “dar um abraço”, para observar se há queda dos membros, e pedindo para que o paciente fale uma frase ou cante uma música, para verificar sua capacidade de fala. Caso alguma dessas alterações esteja presente de forma súbita, ligue para o SAMU ou transporte o paciente, o mais rápido possível, para um serviço de Urgência e Emergência.

Em algumas situações e alguns tipos de AVC isquêmico, caso o paciente chegue a tempo na emergência e não tenha contraindicações, pode-se lançar mão de um fármaco que chamamos de “fibrinolítico”, o qual tem a capacidade de destruir o trombo de gordura e células que está entupindo aquele vaso, podendo haver melhora total ou parcial dos sintomas.


O segundo tipo de AVC, chamado de hemorrágico, pode ocorrer, geralmente, na presença de altos valores de pressão arterial e o vaso não consegue resistir à elevada pressão e “violência” no qual o sangue está passando e, por isso, acaba se rompendo. Esse processo leva a um transbordamento de sangue no tecido cerebral, o que é extremamente danoso às nossas células. Esse processo pode gerar os sintomas já citados, além de outros, como dor de cabeça intensa, vômitos sem causa digestiva aparente e desorientação.


E quais são os fatores de risco para ter um AVC?


Existem os fatores que não são modificáveis, como a idade e o sexo. O AVC ocorre, mais comumente, em indivíduos maiores de 55 anos. Os homens são os mais acometidos, exceto a partir da faixa etária de 35 a 55 anos. Além disso, algumas doenças genéticas estão ligadas a uma maior propensão de ter um AVC, principalmente quando ocorre na população mais jovem.


No entanto, os principais e mais comuns fatores, são os modificáveis. Dentre eles, temos:

  1. Tabagismo

  2. Hipertensão arterial ou “pressão alta”

  3. Diabetes

  4. Dislipidemias

  5. Dieta (excesso de sódio e gorduras na alimentação)

  6. Alcoolismo


Então, como prevenir um AVC?!


Apesar de grave, o AVC pode ser prevenido com algumas ações no nosso dia a dia. O AVC está enquadrado como uma das principais consequências de doenças cardiovasculares, que podem ser bem manejadas com mudança de estilos de vida, tais como uma alimentação balanceada, com menos teor de gordura e sódio (sal), além do aumento do consumo de frutas e vegetais, associado a exercícios físicos, leves a moderados por, pelo menos, 40 minutos três a quatro vezes por semana. Além disso, o controle da pressão arterial em pacientes que já são hipertensos é essencial, com a utilização de medicamentos adequados para mantê-la em níveis adequados e seguros.


Lembre-se, em caso de Emergência, ligue para o SAMU (192) e, não se esqueça, todo dia é dia de prevenir o AVC.


Referências:

Artigo de Opinião: “AVC é a segunda maior causa de mortalidade no Brasil.” Acesso em: <https://www.unifesp.br/reitoria/dci/releases/item/4108-avc-e-a-segunda-causa-de-mortalidade-no-brasil>

Gagliardi, R. Prevenção primária da doença cerebrovascular. Diagn Tratamento. 2015;20;3). São Paulo.

 
 
 

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