top of page
Buscar

CONHECENDO O INTERNATO: GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

  • Foto do escritor: Jornal A Sístole
    Jornal A Sístole
  • 29 de abr. de 2021
  • 3 min de leitura

Por Marina Matos Souto


Compreendendo 1/3 do curso de medicina, o internato concentra a maioria das atividades práticas da graduação. Seguindo as resoluções do MEC, os 2 últimos anos do curso são divididos em 5 grandes áreas: Clínica Médica (CM), Cirurgia Geral (CG), Ginecologia e Obstetrícia (GO), Medicina de Família e Comunidade (MFC) e Pediatria (PED). Além disso, várias universidades incluem uma rodada eletiva onde o aluno pode estagiar em alguma subárea ou até mesmo repetir uma das 5 rodadas anteriores. No modelo mais recente adotado pela UFRJ-Macaé, cada uma das 6 rodadas tem 16 semanas, sendo CM, CG, PED e GO divididas, isto é, o aluno tem 8 semanas de rodada, troca de área e depois cumpre as 8 semanas restantes. Nesta série temática traremos algumas informações sobre esta etapa tão interessante do curso, iniciando por GO.

Segundo o programa do internato em GO, o objetivo geral da rodada é: “Capacitar o aluno para realizar assistência integral à saúde da mulher, com foco na atenção primária, secundária e terciária das afecções ginecológicas e obstétricas, incluindo os atendimentos ambulatoriais, as urgências/emergências e as cirurgias ginecológicas e obstétricas (assistência ao parto eutócico).” Para tal, os alunos têm experiência prática em ambulatórios, enfermarias e plantões, sendo orientados por médicos preceptores da rede pública municipal e pelos médicos residentes. Os campos utilizados são o Hospital Público Municipal (HPM), Centro de Especialidades Dona Alba (CEM), Pronto-Socorro do Aeroporto e, com menor frequência, Hospital São João Batista e Hospital da Unimed.


Dentro das variadas atividades ofertadas por GO, podemos citar assistência ao pré-natal de risco habitual e alto risco, parto cesáreo e parto vaginal, coleta de material para a citopatologia oncótica, ultrassonografia, ambulatórios de ginecologia, mastologia, dentre outras. Todos os alunos passam por pré-natal, plantão de obstetrícia, enfermaria obstétrica e algum ambulatório de ginecologia, com variações de acordo com a escala individual, ou seja, os internos não passam por todas as práticas disponíveis na rodada, mas existe uma certa uniformidade nas atividades designadas aos alunos. O nível de autonomia depende da natureza da atividade, confiança do preceptor no aluno e até mesmo o interesse individual, sendo mandatórias a supervisão do preceptor e consentimento do paciente.


Para melhor compreensão, vejamos a rotina semanal de uma interna em GO:


Segunda — manhãs na enfermaria obstétrica do HPM, uma atividade supervisionada pela médica responsável e residentes. Todas as pacientes internadas têm sua evolução clínica e prescrição atualizadas diariamente, além de outras condutas necessárias. Os internos participam ativamente na coleta de informações clínicas, realização de exame físico e preenchimento do prontuário. Tardes no ambulatório de ginecologia do CEM, onde os internos aprendem sobre diversos temas de ginecologia, incluindo o exame físico e interpretação de exames.


Terça — pré-natal de risco habitual no turno matutino, onde se aprende a conduzir um pré-natal de boa qualidade, orientando as pacientes, prescrevendo os exames e fármacos preconizados, sempre prezando pela saúde do binômio materno-fetal. Área-verde* terça à tarde.

* A área-verde de um turno é ofertada em todas as rodadas, com o interno podendo optar, ou não, por um período sem atividades durante a semana.


Quarta — pela manhã, rotina de ultrassonografias no HPM. Os internos não são autorizados a realizarem o exame, mas podem acompanhar e aprender a interpretação dos achados. À tarde, pré-natal de alto risco, ambulatório específico para gestantes com diabetes, hipertensão, pré-eclâmpsia, infecções e outras possíveis comorbidades da gestação, sendo um ótimo campo para vislumbrar os cuidados especializados requeridos por estas pacientes.


Quinta – plantão de 12 horas na maternidade do HPM, um grupo de 3 ou, no máximo, 4 internos acompanham os plantonistas e residentes nas admissões, pré-parto, partos e demais procedimentos. Dentre as atividades da rodada, o plantão, sem sombra de dúvidas, é o que mais possibilita o aprendizado de habilidades práticas.


Sexta – reservado ao day-off*.

*O day-off pode ser utilizado por alunos que realizam estágio, iniciação científica ou extensão, o interno pode ter até um dia de day-off.


A despeito dos desafios da pandemia, a rodada de GO tem operado de forma fluida e organizada, sendo uma ótima etapa para o aprendizado dos futuros médicos. Nos acompanhem para as edições subsequentes destrinchando as próximas rodadas!

 
 
 

Comments


Post: Blog2_Post

Formulário de inscrição

Obrigado(a)

©2020 por Jornal A Sístole. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page