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COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER ANTES DE 2021 ACABAR: TELEMEDICINA

  • Foto do escritor: Jornal A Sístole
    Jornal A Sístole
  • 26 de dez. de 2021
  • 4 min de leitura


Por: Laura Rapeli e Gabriella Berto

Você já ouviu falar em telemedicina e/ou telessaúde?

A pandemia do novo coronavírus, é seguro dizer, mudou o curso da história da humanidade em inúmeros aspectos, na medida em que forçou a população mundial à adaptação a um cenário extremo e - para a maioria - inusitado. Nesse contexto, tem se ouvido muito a respeito das novas estratégias em saúde, como a telemedicina. Essa prática, no entanto, não começou por causa do distanciamento social e, na verdade, já vem se instaurando na realidade de vários países do globo há algumas décadas. De qualquer forma, no cenário pandêmico, a discussão sobre a telemedicina acabou se popularizando, então não dá para acabar 2021 sem falar dela, né?

O QUE SÃO A TELEMEDICINA E A TELESSAÚDE?

De acordo com a Resolução nº 1642-2002 do Conselho Federal de Medicina, telemedicina pode ser definida como “o exercício da Medicina através da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em Saúde''. É, portanto, uma área da telessaúde a qual, por sua vez, engloba os outros serviços em saúde - como a enfermagem, fisioterapia e nutrição. No Brasil, a prática teve o pontapé inicial por meio da implantação da disciplina de Informática Médica na Faculdade de Medicina da USP, em 1985. Em março de 2020, a Câmara dos Deputados aprovou uma nova resolução do CFM, autorizando o uso de telemedicina como recurso durante a emergência sanitária da COVID-19.

COMO FUNCIONA NA PRÁTICA?

​A telemedicina atua em algumas frentes. Atualmente, as mais relevantes são a teleconsulta, a teleassistência e a emissão dos telelaudos. A teleconsulta corresponde ao atendimento médico realizado via plataformas de vídeo. É comum que seja utilizada, também, como uma forma de troca de informações entre médicos a respeito de seus pacientes.

​A teleassistência corresponde ao monitoramento do paciente pelo médico de forma remota, e está intrinsecamente relacionada à emissão dos telelaudos. Basicamente, esse monitoramento é feito por meio de aplicativos específicos elaborados por empresas de telemedicina, de tal modo que o médico possa observar determinadas condições do paciente e realizar certos exames sem que, necessariamente, ambosestejam fisicamente presentes no mesmo espaço. Os exames viáveis hoje são, por exemplo, eletrocardiogramas, eletroencefalogramas, mamografias e raios-X, os quais são realizados por técnicos treinados e enviados via internet para o médico especialista, que terá a função de analisar remotamente os resultados e informar - também à distância - o curso necessário de tratamento. O médico também deve, digitalmente, assinar esse laudo, tal como ocorreria na emissão tradicional.

CONTEXTO BRASILEIRO

​No Brasil, o Ministério da Saúde implementou, a partir de 2019, a “Estratégia de Saúde Digital para o Brasil”, que transpõe a telemedicina para dentro da lógica do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse contexto, teve início também o Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, que foi estruturado da seguinte forma: um Núcleo de Telessaúde Técnico-Científico – que corresponde às instituições formadoras e de gestão e/ou aos serviços de saúde responsáveis pela concepção e administração das Teleconsultorias, Telediagnósticos e outros instrumentos - e por Pontos de Telessaúde – serviços de saúde através dos quais os trabalhadores e profissionais do SUS demandam Teleconsultorias e Telediagnósticos. O objetivo é que sejam oferecidos serviços de teleconsultoria, telediagnóstico e tele-educação, em consonância com a lógica do SUS.

POSSÍVEIS ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO:

​Atualmente, a telessaúde pode ser viabilizada, também, para quem não tem acesso à internet. Isso é possível por meio da implantação de Unidades de Teleatendimento (UTAs), nas quais são instaladas cabines de teleatendimento com livre acesso à internet, onde os usuários podem realizar consultas e procedimentos remotamente. Aqui no Brasil, a “SAS Brasil”, por exemplo, é uma startup social que atua em regiões do país carentes em atendimento médico especializado. Como forma de conseguir ampliar esse acesso, o projeto levantou UTAs na região do Sertão nordestino e ofereceu atendimento em mais de 30 especialidades médicas, além de realizar monitoramento de pacientes com Covid-19.

REFERÊNCIAS:

1. Acciarito Motta R. Telemedicina na era da transformação digital em saúde. Saúde Coletiva (Barueri) [Internet]. 6º de abril de 2021 [citado 14º de dezembro de 2021];11(63):5302-3. Disponível em: http://www.revistas.mpmcomunicacao.com.br/index.php/saudecoletiva/article/view/14401.

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3. Cordeiro Bruna Morais, et al. Telemedicina e o covid-19. Revista educação em saúde (RESU) [Internet]. 2020 Jun 29 [cited 2021 Dec 4];08 Available from: http://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/educacaoemsaude/article/view/4658/3240

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8. Palma Eduardo Moreira, Santos Tainá Alves, Klein Amarolinda. Fatores que influenciam a aceitação da telemedicina por médicos no Brasil. Revista Alcance [Internet]. 2020 Sep 11 [cited 2021 Dec 4];28:118-138. Available from: https://aplicacoes.ifs.edu.br/periodicos/fontesdocumentais/article/view/689

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10. Portal telemedicina [Internet]. 2021 Mar 22. O que é telemedicina e como funciona?; [cited 2021 Dec 3]; Available from: https://portaltelemedicina.com.br/blog/telemedicina-o-que-e-e-como-funciona

11. Portal telemedicina [Internet]. 2016 Nov 24. Dispositivos móveis permitem monitoramento remoto de pacientes; [cited 2021 Dec 3]; Available from: https://portaltelemedicina.com.br/blog/dispositivos-moveis-permitem-monitoramento-remoto-de-pacientes

 
 
 

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