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COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER ANTES DE 2021 ACABAR: DOSE DE REFORÇO

  • Foto do escritor: Jornal A Sístole
    Jornal A Sístole
  • 21 de dez. de 2021
  • 4 min de leitura


por Caio Vinicius, Cibele Loiola e Wallace Soares


A COVID-19 afetou a vida de todos nos últimos dois anos e, na tentativa de ultrapassar as rápidas mudanças causadas pelo vírus, a ciência tem se esforçado para amenizar esse problema, sendo a vacinação a principal arma utilizada. Tendo em vista a importância do assunto, você precisa conhecer um pouco mais sobre a nova estratégia das instituições governamentais no combate à pandemia: a dose de reforço. Afinal, entender o funcionamento e a eficácia dessa medida é fundamental para alavancar os resultados da vacinação.


Inicialmente, é preciso compreender que a vacina age como um protetor no corpo humano, por meio do incentivo à produção de anticorpos contra o SARS-CoV-2. Assim, em uma eventual infecção, o organismo seria capaz de reconhecer a proteína Spike, a qual consiste no principal mecanismo de entrada do coronavírus nas células humanas e, dessa forma, seria capaz de produzir anticorpos mais rapidamente contra o agente invasor, em comparação ao indivíduo não vacinado.


No entanto, diversos estudos indicam que, decorridos cinco a seis meses após a segunda dose das vacinas contra a COVID-19, a produção dos anticorpos apresenta uma queda. Acompanhando as diretrizes internacionais mais recentes, o Ministério da Saúde propôs, portanto, um intervalo de quatro meses entre a segunda dose e o reforço porém, o prazo adotado pode variar a depender do estado.


Assim, se você tomou a primeira e a segunda doses das vacinas Coronavac, AstraZeneca ou Pfizer, deve receber, após 4 meses, a dose de reforço dos imunizantes Pfizer, AstraZeneca ou Janssen, optando-se preferencialmente pela vacina da Pfizer. Se você tomou a vacina da Janssen como dose única, recomenda-se que a dose de reforço (nesse caso, a segunda dose) também seja da Janssen, aplicada com um intervalo mínimo de 2 meses e máximo de 6 meses após a primeira dose. Entretanto, para mulheres que tomaram a Janssen previamente e, no momento atual, estão gestantes ou puérperas, a dose de reforço deve ser a Pfizer.


Além disso, como o vírus pode acumular modificações com o passar do tempo, ao longo da pandemia surgiram novas variantes identificadas por mutações características no genoma viral. Dentre essas variantes, destaca-se a Delta, atualmente prevalente no mundo devido a sua elevada capacidade de transmissão. Mais recentemente, com o surgimento da Ômicron na África do Sul, os cientistas acenderam o alerta vermelho; por se tratar de uma cepa nova, com cerca de 50 mutações somadas, ainda não sabemos quais são os seus potenciais efeitos. Mesmo assim, ainda que essa variante seja propensa a escapar das vacinas atuais, o surgimento de novas versões do vírus não faz com que os imunizantes se tornem dispensáveis, pois continuam capazes de reduzir os casos graves da doença.


Nesse sentido, o Brasil apresenta um cenário otimista, com mais de 65% da população vacinada com as duas doses até o final de 2021. No entanto, a proporção de vacinados difere entre os estados, o que configura uma das dificuldades para o recuo da pandemia. Portanto, a dose de reforço não deve ser negligenciada, tendo em vista que comprovadamente potencializa a ação dos nossos anticorpos.


De forma complementar à vacinação, seja essa completa ou não, é importante continuar fazendo nossa parte respeitando as medidas preventivas básicas para a COVID-19: o uso de máscara, o distanciamento social sempre que possível, a lavagem frequente das mãos com água e sabão ou álcool 70% e a etiqueta respiratória ao tossir ou espirrar.


Referências:

1. BERGAMO, Mônica. Pfizer é mais eficaz como dose de reforço para quem tomou Coronavac, diz estudo do Ministério da Saúde. Folha de São Paulo, São Paulo, 9.dez.2021. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2021/12/pfizer-e-mais-eficazcomo-dose-de-reforco-para-quem-tomou-coronavac-diz-estudo-do-ministerio-dasaude.shtml?origin=folha> . Acesso em: 11 de dez. de 2021.

2. BRASIL. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. Nota Técnica nº 59. Brasília, DF, 2021. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/vacinas/plano-nacional-deoperacionalizacao-da-vacina-contra-a-covid-19/notas-tecnicas/nota-tecnica-no592021-secovid-gab-secovid-ms.pdf/view>. Acesso em 11 de dez. de 2021.

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. Nota Técnica nº 61. Brasília, DF, 2021. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/vacinas/plano-nacional-deoperacionalizacao-da-vacina-contra-a-covid-19/notas-tecnicas/nota-tecnica-no612021-secovid-gab-secovid-ms.pdf/view >. Acesso em: 11 de dez. de 2021.

4. FELIX, Diego. Entenda a polêmica sobre a dose de reforço e seu poder contra a Ômicron. Istoé Dinheiro, 2021. Disponível em: <https://www.istoedinheiro.com.br/entenda-a-eficacia-da-dose-de-reforco-contra-oressurgimento-da-covid/>. Acesso em: 11 de dez. de 2021.

5. JANSSEN: Ministério da Saúde recomenda dose de reforço com intervalo de dois a seis meses. Governo Federal, 2021. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/ptbr/assuntos/noticias/2021-1/novembro/janssen-ministerio-da-saude-recomenda-dosede-reforco-com-intervalo-de-dois-a-seis-meses >. Acesso em: 11 de dez. de 2021.

6. LOPES, Raquel. Ministério da Saúde vai liberar dose de reforço contra Covid para todos os adultos. Folha de São Paulo, São Paulo, 16.nov.2021. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2021/11/ministerio-da-saude-vailiberar-dose-de-reforco-contra-covid-para-todos-os-adultos.shtml> . Acesso em: 11 de dez. de 2021.

7. MAPA da vacinação contra Covid-19 no Brasil. G1, 2021. Disponível em: <https://especiais.g1.globo.com/bemestar/vacina/2021/mapa-brasil-vacina-covid/>. Acesso em 11 de dez. de 2021.

8. MINISTÉRIO da Saúde anuncia dose de reforço a todos com mais de 18 anos e reduz intervalo. G1, 2021. Disponível em: <https://g1.globo.com/jornalnacional/noticia/2021/11/16/ministerio-da-saude-anuncia-dose-de-reforco-a-todoscom-mais-de-18-anos-e-reduz-intervalo.ghtml> . Acesso em: 11 de dez. de 2021.

9. ROCHA, Lucas. Especialistas explicam como e por que acontece a redução da imunidade pós vacina. CNN Brasil, 2021. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/saude/especialistas-explicam-como-e-por-queacontece-a-reducao-da-imunidade-pos-vacina/ >. Acesso em: 11 de dez. de 2021.

10.ROCHA, Lucas. Coronavac: terceira dose amplia em 20 vezes o nível de anticorpos, diz pesquisador. CNN Brasil, 2021. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/saude/coronavac-terceira-dose-amplia-em-20-vezes-onivel-de-anticorpos-diz-pesquisador/ >. Acesso em: 11 de dez. de 2021.

11. MUTAÇÕES da Covid-19 não descartam eficácia e segurança das vacinas. Folha de São Paulo, São Paulo, 10 de dez. de 2021. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2021/12/mutacoes-da-covid-19-naodescartam-eficacia-e-seguranca-das-vacinas.shtml >. Acesso em 11 de dez. de 2021.

12. ÔMICRON: o que se sabe sobre eficácia das vacinas contra a variante. Folha de São Paulo, São Paulo, 9 de dez. de 2021. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2021/12/omicron-o-que-se-sabesobre-eficacia-das-vacinas-contra-a-variante.shtml >. Acesso em: 11 de dez. de 2021.

 
 
 

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