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CIBERCRIMES E EAD – COMO SE PROTEGER?

  • Foto do escritor: Jornal A Sístole
    Jornal A Sístole
  • 19 de ago. de 2021
  • 4 min de leitura


Por Stella Alves Benjamin


Já é sabido que o desenvolvimento da internet, além de ter permitido o avanço da globalização em escalas inimagináveis, também reformulou a forma de comunicação entre as pessoas. Com esse advento, as relações interpessoais foram extremamente modificadas. Com o surgimento da COVID-19 e a necessidade de isolamento social, a internet, logo se tornou uma das principais ferramentas de trabalho, estudo e diálogo. É nesse campo onde grande parte das discussões sociais ocorrem, assim como grandes denúncias e manifestações de liberdade de expressão.


Contudo, ao romper com os limites espaciais e de tempo, a internet traz consigo uma grande problemática, que são os ataques virtuais. O cibercrime, como é chamado, vem se aperfeiçoando e se espalhando por todo o mundo, estando presente nos mais diversos tipos de invasões em vários dispositivos, como computadores, tablets e smartphones. Nesses atos, englobam-se o roubo de senhas, manipulação de documentos e informações, alteração e destruição de dados, lavagem de dinheiro, espionagem, fraudes, pedofilia e exposição de vídeos pornográficos.


O grande agravante desses crimes é o anonimato do seu idealizador, ou seja, o criminoso não precisa estar presente fisicamente no local munido de uma arma de fogo, precisando apenas acessar o seu computador, sua rede ou seu celular. Para isso, existem várias maneiras, como o uso de malwares de invasão, softwares e a técnica de phishing, os famosos links com vírus, que, apesar de parecerem inocentes, acabam infectando o seu dispositivo e adquirindo informações importantes.


Agora, com a maioria das aulas de ensino básico, médio e superior ocorrendo através do ensino remoto, bem conhecido como Ensino à Distância (EaD), as invasões dessas reuniões se tornaram muito mais frequentes, cursando muitas vezes com a exposição de vídeos pornográficos e pedofilia. O medo e o sentimento de desrespeito são avassaladores nesses momentos, especialmente porque os organizadores dessas aulas, normalmente profissionais da educação, acabam não estando preparados para lidar com esse tipo de invasão, já que até mesmo utilizar plataformas online acaba trazendo certa dificuldade para quem não costumava lidar com esse tipo de tecnologia anteriormente à pandemia pela COVID-19.


Diante dessa questão tão expressiva, envolvendo também a exposição de crianças e adolescentes a conteúdos inapropriados, é necessário que medidas legais sejam tomadas para evitar e denunciar esses crimes. Em relação à legislação, há duas leis as quais estabelecem o bom uso e protegem o direito dos internautas: o Marco Civil da Internet, criado em 2014, delimita os direitos e os deveres dos internautase instituições que fornecem serviços virtuais, além de estabelecer a utilização da internet no Brasil, além da lei Carolina Dieckmann, criada em 2012, que proíbe a tomada de dispositivo de outra pessoa para manipulação de dados do proprietário dele.


Para tentar evitar a ocorrência desses cibercrimes, especialmente durante o EaD, é importante não compartilhar os links de aulas online em locais públicos, dando preferência para os meios que permitam que o organizador do evento online possa permitir a entrada do aluno(a) na sala de aula. O uso de e-mails institucionais pelos alunos também é uma boa opção, já que garante a identificação e previne outras pessoas de entrarem na reunião. Outras maneiras de se proteger são não clicar em links aleatórios, atualizar as senhas com maior frequência e as usar mais completas, misturando letras maiúsculas, minúsculas e outros caracteres não alfanuméricos, como “!@$?+()”. A proteção da rede de Wi-fi também é importante, assim como evitar atividades que envolvam informações pessoais em redes de internet públicas e o uso de softwares antivírus.


Em relação às denúncias dos crimes virtuais, é necessário ter em mãos todos os dados referentes à ação, sendo importante salvar tudo possível referente à comprovação do crime, como e-mails, fotos de tela (prints) e mensagens. Com esses dados em mãos, é importante ir ao cartório para autenticar os documentos com ata notarial, mostrando a autenticidade dessas evidências e confirmando a sua veracidade. Depois, é preciso ir a uma delegacia de polícia e realizar um boletim de ocorrência, contando como tudo aconteceu e registrar o crime. Por fim, é importante lembrar que crimes contra os direitos humanos, como racismo, neonazismo, pornografia infantil, homofobia e aliciamento infantil, podem ser denunciados tanto pelo site SaferNet (https://new.safernet.org.br/) quando pelo Disque 100 (https://www.gov.br/mdh/pt-br).


DICA: assista a este vídeo muito didático do Google for Education que dá dicas de segurança online: https://www.youtube.com/watch?v=emT6ltx4OeE&feature=emb_title


REFERÊNCIAS


PINHEIRO, Walber. Cibercrime: Como enfrentar e prevenir ataques virtuais?. IPOG Blog, 6 jul. 2017. Disponível em: https://blog.ipog.edu.br/tecnologia/cibercrime-como-enfrentar-e-prevenir-ataques-virtuais/. Acesso em: 6 jul. 2021.


AMÂNCIO, Thiago. Invasões de aulas online se espalham e constrangem alunos e professores: Grupos no Telegram compartilham links e incentivam a entrada em aulas de desconhecidos. Folha de São Paulo, 29 maio de 2021. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2021/05/invasoes-de-aulas-online-se-espalham-e-constrangem-alunos-e-professores.shtml. Acesso em: 7 jul. 2021.


Saiba como se proteger de crimes na internet. SEST SENAT. Disponível em: https://www.sestsenat.org.br/imprensa/noticia/saiba-como-se-proteger-crimes-internet. Acesso em: 7 jul. 2021.


CRIMES virtuais o que são, como se proteger e como denunciar: Os crimes cometidos na web são qualificados da mesma forma que os crimes fora da rede, pelas mesmas leis e com as mesmas punições. Catraca Livre, 4 nov. 2019. Disponível em: https://catracalivre.com.br/cidadania/crimes-virtuais/. Acesso em: 7 jul. 2021.


CARVALHO, Mateus. Como se proteger de cibercrimes. Finance One, 31 out. 2018. Disponível em: https://financeone.com.br/como-proteger-cibercrimes/. Acesso em: 7 jul. 2021.



 
 
 

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