Aconteceu/Aconteceu no polo: Retorno das aulas presenciais no curso de medicina
- Jornal A Sístole
- 11 de jan. de 2022
- 3 min de leitura

Por: Ramila Cristina Lopes Tostes
Depois de cerca de dezoito meses sem assistir os discentes do curso de medicina caminhando pelos corredores, o campus universitário de Macaé vem recebendo, a passos curtos e alinhados a toda prudência necessária, os seus estudantes de volta. Aquilo que sempre compôs a pluralidade da educação no polo se desfez com o advento da pandemia da COVID-19, iniciada em 2020, quando o corpo estudantil necessitou conter-se em casa e a tecnologia avançou sobre os limites do contato e do aprendizado humano. Para além da atordoada crise de saúde vigente, o sentimento de vazio em relação à necessidade de aulas presenciais e da interface professor-aluno, tomou conta de boa parte das turmas. Dessa forma, a luta e o empenho constante pelo retorno de nuances tão primordiais a uma formação acadêmica de qualidade começou a “render frutos” em meados de 2021, quando o panorama epidemiológico passou a favorecer tal feito. O Jornal “A Sístole” se fez presente em todo esse processo, acompanhando, documentando e sinalizando as principais adaptações da vida acadêmica, e dessa vez não foi diferente: convidamos alguns dos discentes para descrever como tem sido a experiência de retomada ao espaço universitário:
“Sobre o retorno presencial da M2 tenho a dizer que está sendo incrível! As poucas aulas que tivemos (anatomia prática e histologia teórica) foram maravilhosas, com um rendimento muito acima do comum no EAD e deixou toda a turma com muito mais gás para enfrentar a dificuldade que estamos passando. Toda a segurança está bem-feita e os professores estão muito animados também! No geral, está perfeito.”
Paulo Lucas Corrêa Santos, M2
“É estranho pensar que já estamos na M3. Ter o aprendizado parcialmente de volta à velocidade 1x foi muito bom. Saímos de lá com a reconfortante sensação de que realmente aprendemos. Essa experiência nos fez perceber que o processo ensino-aprendizagem é, essencialmente, coletivo, que não se aprende teoria sem prática e que não se humaniza sem contato humano.”
Luiza Soares de Miranda Lino, M3
“Esse início da volta da normalidade de aulas tem sido tudo literalmente novo. A minha turma, infelizmente, não teve contato com o presencial antes da pandemia. Chegamos a ter a primeira semana no polo e logo em seguida veio a pandemia. Voltar hoje já no quarto período e ter noção de como é estar em uma sala de aula é tudo muito empolgante e tem sido uma experiência incrível. O contato com o professor ao vivo muda tudo e rende muito mais, visto que podemos tirar dúvidas, ouvir relatos e trocar conhecimentos com os outros alunos. Acho que essa volta tem sido primordial para nosso crescimento na graduação e totalmente necessário. Prosseguir no EAD é um retrocesso educacional que pode deixar grandes consequências no ensino. Apesar de ter os benefícios de não precisar se locomover, reduzir gastos e ter mais áreas livres no dia para preencher com outras atividades, o ensino remoto nunca vai substituir a riqueza de um ensino presencial. Tem sido maravilhoso (re) começar essa experiência.”
Hemilly dos Santos Andrade, M4
“Dia 07/12 tivemos nossa primeira aula presencial de farmacologia, 10 alunos estavam presentes. A professora ministrou a aula e transmitiu via remota para os alunos que estavam em casa. O momento foi muito proveitoso, com todo esse tempo tendo aula remota, pude sentir a real diferença de uma aula presencial. Infelizmente, no ambiente de casa o rendimento não é o mesmo e eu não consigo focar inteiramente na aula. Por isso, hoje valorizo muito essa interação com o professor! Rs. Foi muito bom, espero que aos poucos tudo possa voltar ao normal!”
Bruna Tintori Vago, M7.
O Jornal “A Sístole” agradece aos discentes que colaboraram com esta publicação e deseja um retorno cada vez mais abrangente e seguro à comunidade acadêmica do centro universitário de Macaé.
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