A SÍSTOLE CONVIDA: ANA CAROLINA COSTA
- Jornal A Sístole
- 25 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
A ALIMENTAÇÃO NA QUARENTENA
Por Ana Carolina Costa

Com a adoção da quarentena, as práticas e hábitos alimentares, bem como o sono, têm sofrido alterações importantes. O acesso limitado aos alimentos frescos têm potencialmente levado a um aumento do consumo de produtos alimentícios industrializados prontos para consumo (processados e ultraprocessados), os quais tendem a ser ricos em gorduras, açúcares e sal. Tal padrão alimentar, somado à falta ou redução de atividade física, associa-se ao desenvolvimento de doenças cardíacas, Diabetes Mellitus (DM), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Câncer; além de mudanças no padrão do sono e na autoimagem. No entanto, mesmo no atual contexto, é possível manter ou adotar uma boa nutrição. Separamos algumas dicas simples, mas extremamente úteis. Confira!
1. Somente o necessário: A alimentação saudável inicia nas compras, logo, faça uma lista do que é necessário. O comportamento de compras excessivas impacta no aumento dos preços. Lembre-se de incluir frutas, legumes e verduras que possuem durabilidade um pouco maior, por exemplo: maçã, laranja, alface crespa, repolho, inhame, chuchu e couve.
2. Consumo de fibras: As fibras contribuem positivamente na saúde intestinal, na saciedade e, consequentemente, ajudam a evitar excessos. Fontes: feijão, aveia, frutas com casca ou bagaço.
3. Zelo pelo sono: A privação ou má qualidade do sono implica em perda muscular (o que é indesejável), e também está associada ao aumento do perímetro (tamanho) da cintura. Pular a refeição da manhã e comer irregularmente - não respeitar a fome - interferem no tempo de sono! Em contrapartida, há alimentos benéficos para o sono. Como exemplo: leite morno com canela ou mel, chá de camomila, erva doce, capim limão, antes de dormir.
4. Despertar de dons culinários: No cotidiano de muitas pessoas não há tempo para preparar refeições em casa, se o seu caso for o de estar com tempo disponível nesse período, aproveite-o para desenvolver habilidades na cozinha e tente envolver as pessoas que moram com você.
O mais importante: Está tudo bem se você não “emagrecer” durante a quarentena, esse não precisa ser o seu foco, e pode, inclusive, ser um fator de estresse. Não se cobre tanto! Você não precisa terminar a quarentena sendo expert em mecânica quântica, muito menos sendo um forte candidato ao Masterchef. Faça as atividades por prazer e promova mudanças comportamentais simples, visando sua saúde.
Referências: BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da Saúde, 2014. ST-ONGE, Marie-Pierre; MIKIC, Anja; PIETROLUNGO, Cara E. Effects of diet on sleep quality. Advances in Nutrition, v. 7, n. 5, p. 938-949, 2016.
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